Crítica do filme "Rainha de Katwe" (Queen of Katwe)
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Anônimo
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A convite da Disney já conferimos "Rainha de Katwe"
LIVRE DE SPOILERS
Em “Rainha de Katwe” conhecemos Phiona Mutesi (Madina Nalwanga), uma jovem ugandense que sem nenhuma escolaridade se torna uma das melhores de jogadoras de xadrez da África.
No filme Phiona mora com a mãe (Lupita Nyong’o) e os irmãos em um barraco em Katwe — um bairro pobre de Kampala — Com um elenco predominantemente negro — sem retratação colonizadora Europeia que normalmente é feita em filmes norte americanos no continente africano — a Disney nos apresenta uma nova perspectiva. Apesar do foco do longa ser a superação e a luta da protagonista em ser uma das melhores jogadoras de xadrez do mundo, a produção encaixou belamente assuntos mais pesados como a pobreza e a fome que existe na capital Ugandense.
Ainda sim as cores quentes e a fotografia “calorosa” do filme acabam filtrando e otimizando os aspectos mais difíceis do bairro e deixam os telespectadores menos desconfortáveis com tais cenas.
Lupita se prova e merece reconhecimento por sua personagem — Harriet Mutesi. Mesmo com apenas 30 anos a ganhadora do Oscar traz muito mais maturidade e responsabilidade neste papel. Ela consegue trazer com precisão a força e empenho que uma mãe solteira tem em alimentar os filhos no meio de toda aquela pobreza.
A iniciante Madina e o astro David Oyelowo também impressionam ao darem vida a suas personagens. Todo elenco foi bem escalado e pensado para passar as emoções certas ao público.
Infelizmente não é um filme para todos. Como retrata anos da vida da protagonista e contêm algumas cenas que beiram o pacato, a trama corre o risco de ser considerada muito longa por uma parte dos telespectadores.
“Rainha de Katwe” tem estreia marcada para o dia 24 de novembro.
4/5