Crítica do filme "John Wick - Um Novo Dia Para Matar"
Escrito por
Viviane Oliveira
Publicado em
Depois de pouco mais de dois anos Keanu Reeves volta as telas com o personagem John Wick, um temido assassino que conhecemos em "De Volta ao Jogo".
LIVRE DE SPOILERS
Novamente Wick tenta se aposentar, mas volta ao "mercado" por conta de uma dívida com o italiano Santino D'Antonio (Riccardo Scamarcio). A motivação nesse filme foi muito melhor explorada do que no anterior em que a razão foi emocional e desencadeada pela morte de seu cachorro e o roubo de seu carro — compreensível dentro do contexto, mas ainda assim rasa.
O filme começa com um ritmo bem devagar, em parte por estar fazendo referências ao filme anterior, tanto que ele começa recuperando seu carro roubado pela máfia russa — mas é compreensível a intenção de contextualizar o público sobre a grandeza de John Wick através de diálogos rápidos e uma sequência de cenas de lutas.
As locações das filmagens foram muito bem escolhidas. Uma delas foi uma exposição de espelhos onde temos uma cena de perseguição de Wick atrás de D'Antonio. O ambiente deixa o telespectador apreensivo e confuso como se estivesse ali. O mérito vai para o diretor de fotografia Dan Laustsen.
Reeves nesse filme tem poucas expressões, o que pode fazer com que as pessoas o achem um tanto quanto simplista. Mas isso funciona perfeitamente pra esse personagem, deixando uma imagem imponente mas com direito a alguns momentos cômicos. Os personagens secundários deixaram a desejar, apesar de atores interessantes em sua maioria a presença deles seria totalmente descartável.
Falemos agora da direção de Chad Stahelski, diretor do primeiro filme e também dublê de Keanu Reeves em "Matrix". Esse diretor com grande experiência com filmes desse gênero foi muito esperto em valorizar as cenas de ação deixando a câmera quase estática e com o auxílio da edição de Evan Schiff tudo ficou dinâmico.
"John Wick - Um Novo Dia para Matar" é para os amantes dos filmes de ação que não poupam violência. Ir ao cinema garantirá que você descubra que há inúmeras e improváveis formas de matar e de nunca morrer, a última no caso de Wick.
4/5