Crítica do filme "A Múmia"
Escrito por
Viviane Oliveira
Publicado em
A Universal Pictures inaugurou o Dark Universe, Universo Cinematográfico de Monstros, com o filme "A Múmia", do diretor Alex Kurtzman. Como foi divulgado a distribuidora tem como objetivo trazer as antigas histórias sobre monstros, mas com uma nova roupagem.
Nessa primeira história teremos um reboot dos filmes que envolvem sarcófagos e deuses, ou seja, o monstro da vez é a múmia.
Na Mesopotâmia uma antiga princesa, que desejava um poder que lhe fora tirado, fez um pacto com Set, o Deus da Morte, no qual ela o invocaria na forma humana e ambos governariam o mundo. No entanto, seus planos foram interrompidos e ela foi mumificada ainda viva para ser aprisionada para sempre. Nos dias atuais, Nick Morton (Tom Cruise) e seu amigo Chris Vail (Jake Johnson) acidentalmente encontram essa tumba e ao lado da pesquisadora Jenny Halsey (Annabelle Wallis) acabam despertando Ahmanet (Sofia Boutella). A múmia elege Nick como escolhido e parte em busca da adaga de Set para invocar o deus no corpo do protagonista.
O papel de Tom Cruise, que deveria ser o aventureiro destemido e cativante, acabou sendo o mesmo em que vemos em outros filmes como "Missão Impossível" ou "Jack Reacher", além disso, não houve nenhuma empatia por parte do público com seu envolvimento com a personagem de Annabelle Wallis, não havia a "química" necessária.
O personagem de Jake Johnson deveria ser o alivio cômico do longa, mas diante de seu destino na história suas aparições tornam-se desconexas ao clima que o filme propõe. Russel Crowe, um ator famoso por grandes atuações em "Gladiador" e "Les Miserábles", tem um personagem muito interessante para a proposta da Universal, entretanto sua aparição poderia ter sido deixada para outro longa já que nesse não houve real importância. Sofia Boutella é o que salva como personagem, no entanto, tinha muito potencial que foi barrado pela abordagem de Kutzman.
Os efeitos também decepcionam. Não por completo, mas a ponto de incomodar em algumas cenas. Além disso, apesar de tratar de um assunto fantástico, o enredo se apoia em sequências absurdas onde múmias conseguem nadar o estilo peito e um ser humano sobrevive a uma queda de avião sem nenhum arranhão. É um pouco estranho exigir limites nessa temática, mas deve haver o mínimo de coerência.
A proposta de criar um universo cinematográfico tendo como temas monstros abre um leque diverso, entretanto, ter como abertura um filme em que apenas sua primeira metade é apenas tolerável não é uma bom indício do que vem por aí. Que estejamos errados e que os fãs dos seres sobrenaturais possam se empolgar com os próximos. Quanto a esse? Deixemos em sua tumba.
O longa estreia dia 8 de junho de 2017.
3/5
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