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Crítica do filme 'Tudo e todas as coisas' (Everything, Everything)
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Unknown
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A adaptação cinematográfica do livro Tudo E Todas As Coisas (Everything, Everything) que leva o mesmo nome para o filme, chega aos cinemas brasileiros com muita representatividade e questões para se debater.
LIVRE DE SPOILERS
O longa conta a história de Maddie que acaba de comemorar 18 anos e nunca saiu de sua casa por possuir uma doença rara, nomeada de Síndrome da Imunodeficiência Combinada. Esta doença impede que a jovem tenho contato com o mundo para fora de sua confortável casa.
Dra. Pauline Whittier (Anika Noni Rose) mãe de Maddie e médica particular, mostra um amor incondicional pela filha e se preocupa constantemente com sua doença, calculando e verificando seus exames de hora em hora. Pauline conta com a ajuda de Carla (Ana De La Reguera) enfermeira que também faz o acompanhamento de Maddie e por quem a jovem se refugia em alguns momentos. Olly Bright (Nick Robinson) aparece na história como o mais novo vizinho de Maddie, o que desperta o interesse da garota e faz com que ela se questione sobre a própria vida.
Seguindo fielmente o livro. Maddie nos é apresentada com inocência e uma mente cheia de idéias. Desde pequena precisa lidar com sua doença, o que acaba tornando a rotina de monitoramento uma coisa normal, fazendo com que os livros sejam seus melhores amigos. Isso tudo começa a mudar com a chegada de Olly. A família de Olly é pouco explorada no filme, mas conseguimos perceber que de convencional a família dele não tem nada.
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Acaba se tornando o hobbie favorito de Maddie ficar espiando Olly e tudo o que acontece no mundo exterior através de sua janela. Para a primeira cena no qual Maddie tem esse contato, os produtores capricharam seguindo a descrição do livro: "Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés." A partir desse contato, os dois trocam mensagens através das janelas bem no estilo de “You Belong With Me” da Taylor Swift. Não demora muito para a narrativa nos apresentar o romance meloso dos dois personagens, mas a verdadeira evolução que acontece no filme está dentro de Maddie. A mãe da protagonista se mostra super protetora e com regras muito rígidas, o que leva a jovem contestar tais ações da mãe.
Há certas questões para debater sobre o relacionamento que a protagonista vive com a mãe, como os pais devem aceitar que seus filhos um dia irão crescer e criar suas próprias asas, tratando a individualidade da jovem como uma coisa impossível para aquela situação.
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Também é trabalhada a forma como Maddie se vê perante aquele mundo e de como suas ideias e vontades podem se tornar possível, fazendo questionar sua liberdade e explorando seus desejos.
Existe um plot twist no final do filme que nós dá abertura para trabalhar este assunto, se alongando por alguns exemplos do mercado cinematográfico e também da vida real. Um dos pontos positivos da trama é a quebra do clichê romântico que Hollywood adotou nos últimos anos, trazendo uma protagonista negra, onde pelo gênero do filme é difícil de acompanhar. O ponto vale pelo trabalho da diretora Stella Meghie que conseguiu transparecer muito bem.
A narrativa do filme flui de forma bem simples, não se mostrando apressada mas ao mesmo tempo querendo avançar. A direção de arte é leve, as cores são neutras e combinam com o tom do filme. Os momentos mágicos são guiados por ótimas músicas indie. Para os amantes fervorosos de A Culpa É das Estrelas e Como Eu Era Antes de Você, vale o ingresso. Mesmo sendo direcionado para o público adolescente (alguns classificando como Young Adult) faz jus ao título, trazendo elementos diferentes e tentando se destacar no gênero.
Apesar de levemente previsível consegue entreter e entregar uma boa história.
O longa estreia dia 15 de Junho. Porém terá pré-estreia paga no dia dos namorados.
4/5