PRIMEIRAS IMPRESSÕES 'OS DEFENSORES'
Escrito por
Lais Alves
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A série se inicia seguindo diretamente os desfechos de cada personagem – não perdendo tempo pra explicar em como eles chegaram lá, e sim o que está por vir. O que para um público não familiarizado se torna ruim, é um ponto positivo pra quem ansiava por ver os personagens novamente
LIVRE DE SPOILERS
Enquanto os personagens não se reúnem, a fotografia – assim como outros aspectos característicos de cada um, por exemplo, a trilha sonora marcante de Luke Cage – é mantida dentro de seu núcleo, onde cada personalidade é transcrita por esses artefatos, trazendo uma estética muito interessante. Outro ponto a se ressaltar é a tranquilidade em que os assuntos são tratados, onde são construídos em um crescente até que então a união dos anti-heróis seja necessária – ou uma consequência.
Encontramos os mesmos lidando com as resultantes de suas escolhas – onde tentam seguir em frente, mas em algum ponto se sentem obrigados a retornar as suas pendências, especialmente após um incidente que acaba criando um inimigo em comum, o Tentáculo, que é novamente a trama abordada assim como em ‘Demolidor’ e ‘Punho de Ferro’. Logo no primeiro episódio somos apresentados à vilã Alexandra Reid (interpretada por Sigourney Weaver) onde fica evidente a sua ligação com a organização e Madame Gao, assim como também à Elektra, onde a mesma tem de lidar com a sua imprescindível filiação com o Tentáculo – após se sacrificar por Matt Murdock – e consequentemente se tornar a misteriosa arma denominada Céu Negro.
Um dos pontos positivos, até então, é a importância dos personagens secundários, sendo aliados aos protagonistas ou não, onde cada qual tem sua importância para a evolução da trama. As cenas de ação ocorrem em bons momentos e, novamente, são realizadas com destreza. A primeira reunião do grupo num todo, por mais que breve ao final do terceiro episódio, dá uma satisfação ao mesmo tempo em que nos deixa desejando por mais.
Os conflitos, como os de interesse apresentados por Luke Cage e Danny Rand – onde um busca defender seu bairro e o outro um panorama maior – agrega à série um tom mais maduro, onde eles não buscam o heroísmo por seu puro significado, mas sim o que acreditam ser justo a si próprios e a sua vivência, dado que enquanto Danny foi criado para defender o mundo do Tentáculo, os poderes de Luke foram uma consequência à um homem que busca o bem estar de seu bairro e redenção. A diferença entre os personagens, que pode ser um problema entre eles, só tende a enriquecer a trama ao público no decorrer da série.
‘Os Defensores’ tem uma ótima oportunidade em ser algo único justamente por suas diferenças, onde nossos heróis serem se encontram tão próximos de quem tentam proteger, onde o senso de justiça nasce por uma necessidade e consequência contra um inimigo escondido às sombras de nós mesmos.
4/5