
CRÍTICA DO FILME 'LOGAN LUCKY - ROUBO EM FAMÍLIA' COM CHANNING TATUM E DANIEL CRAIG
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Unknown
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A família Logan é conhecida por ser azarada, mas os irmãos Jimmy (Channing Tatum) e Clyde (Adam Driver) pretendem reverter esse cenário ao elaborarem um plano para roubar o dinheiro arrecadado de uma corrida da fórmula Stock Car.
LIVRE DE SPOILERS
Depois de passar dois
anos se dedicando a obra prima The Knick, Steven Sodenberg está de volta ao
cinema com um filme que lembra bastante uma das obras mais famosas de sua
filmografia, a trilogia Onze homens e um segredo. A vibe é parecida e até dá a
impressão de ser uma versão caseira e sem o glamour de Las Vegas.
Em Logan Lucky, o diretor
traz uma história bem elaborada e divertida, e que apesar de ter um pontapé
simples, tem um desenrolar esperto e atrativo.
A primeira cena do filme
já é regada a uma trilha sonora envolvente, presente durante grande parte da
trama e que ajuda o espectador a se ambientar e entender mais o personagem
central, Jimmy.
O roteiro e os diálogos
são ágeis, o que agrada, pois não cansa quem assiste, e felizmente o filme é
engraçado sem ser bobo ou exagerado. Apesar de não arrancar gargalhadas o tempo
todo, consegue extrair risadas com boas sacadas, como piadas com os livros de
Game of Thrones e os motivos de George R.R Martin atrasar a entrega dos novos
livros.

Além do roteiro esperto, a direção e edição de Sodenberg tornam a história ainda mais dinâmica, dando um bom ritmo ao filme. Apesar do diretor ser um ótimo contador de histórias, há momentos que soam forçados. Conforme a história avança, o plano de roubo fica cada vez mais engenhoso e é difícil acreditar que duas pessoas comuns conseguiriam pensar em elementos tão complexos. Mesmo com um especialista na equipe, é difícil “comprar” alguns acontecimentos que soam inverossímeis demais, mesmo para uma comédia.
As atuações estão ótimas,
Channing Tatum é competente, principalmente nos momentos cômicos, e consegue
conduzir a trama, além de ser carismático e fazer o espectador se identificar
com os dilemas de seu personagem. Adam Driver também está ótimo, Clyde é
excêntrico e o ator tem ótimos momentos em cena. Daniel Craig arrasa e diverte
como o experiente criminoso Joe Bang. Riley Keough não aparece tanto quanto os
três personagens principais, mas cumpre bem seu papel.
A única atuação que não
agrada é de Hilary Swank, que apesar de ser uma boa atriz, entrega uma
personagem canastrona e piegas.
Não se engane com o
subtítulo brasileiro genérico, pode não ser o filme do ano, mas é uma boa e
divertida surpresa.
Chega nos cinemas dia 12 de outubro.
4/5