‘Uma Razão Para Viver’ é baseado
na história de Robin Cavendish (Andrew Garfield), um homem que muda totalmente
de vida depois que fica com paralisia por conta da poliomielite. Apesar disso,
ele e sua mulher Diana (Claire Foy) se recusam a ficar em casa sofrendo e
viajam o mundo ajudando a mudar a vida das pessoas com entusiasmo e bom humor.
LIVRE DE SPOILERS
O longa conta com a estreia de
Andy Serkis como diretor, antes conhecido por atuar em filmes como a franquia
‘Planeta dos Macacos’ e ‘Senhor dos Anéis’. Em seu primeiro trabalho, Serkis
concebe uma bela direção, já perceptível nos créditos iniciais do filme, onde a
aura dos anos 50 se estabelece e permanece até o fim, permitindo uma leveza ao
filme – que inesperadamente possui bons momentos quando se trata de comédia. O
mesmo consegue captar cada sentimento ali presente na medida certa, desde os
momentos alegres como também a angustia presente na trama.
Infelizmente, essa aura acaba por
se tornar, em alguns dados momentos, um inimigo à trama, onde por muitas vezes
o longa fica estereotipado em um padrão melodramático, onde descarta a
possibilidade de um crescimento exponencial em seu tom, e por assim dizer, de
seu protagonista. Aparentando que o filme opta por se contentar com uma
abordagem mais superficial e romântica, deixando espaço para perdas de ritmo em
seu desenvolvimento, que acabam por afetar o longa num aspecto geral.
Andrew Garfield e Claire Foy são
elementos chave no elenco, possuindo uma ótima química – mesmo em momentos de discordância
entre os personagens – que acaba por superar qualquer elemento negativo na
trama. Outra boa adição ao filme foi Tom Hollander, que fica responsável por interpretar
os irmãos gêmeos de Diana. Todo o elenco secundário, salvo apenas ao personagem
de Jonathan Hyde, possui um elemento solidário á Cavendish, onde há poucos momentos
de conflito, que acaba se restringindo ao roteiro, nos momentos de dificuldade
do protagonista lidando com a poliomielite. Serkis é bem responsável nesse
aspecto, mesmo quando se propõe a ser didático, não abandona a importância de
Cavendish e muito menos a essência que trouxe para a trama.
Embora ‘Uma Razão Para Viver’ se
atenha a uma abordagem confortável da história de Cavendish, o filme propõe uma
mensagem que ainda assim vale a pena ser vista, onde a paixão de Serkis pela
história é evidente, conquistando a catarse de seu público á medida que caminha
para seu terceiro ato – por mais clichê que seja – onde o longa não se atem
apenas ao lado biográfico, mas é determinado em enfatizar o lado delicado e
positivo do humano.
O longa estreia na próxima quinta dia 16.
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