Tempo de carnaval
Escrito por
Isadora Bispo
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É destino de fevereiro. Festa multicolor. Passatempo marcado na agenda. Feriado prolongado. É a cidade vibrando por completo e as cores se infiltrando nas ruas. Dia de ser o que quiser e vestir todas as cores possíveis. É multidão cantando junto a mesma música. Marco de verão, tradição. Quando o país para pra ver o ano começar.
Até a chuva vira refresco. Não há temporal mais forte do que o som da bateria. Todas as músicas não são o suficiente. Tem aquela coreografia ensaiada no fim de semana, um encontro inesperado no bloco de terça feira e os melhores beijos em desconhecidos. Tempo em que os acasos mais distantes se encontram.
Glitter é a atração principal, já fazem parte da pele e vão cobrindo o corpo todo e deixando brilho por tudo. As máscaras só revelam o necessário, precisam do mistério só pra depois serem descobertas. E enquanto o confete caí feito chuva a música continua tão alta quanto as primeiras tocadas, tanto que é possível sentir tudo vibrar, como se a cidade dançasse também.
É quando a loucura vira sanidade. E quando amanhece e o sol chega dando as boas vindas no dia seguinte é impossível saber se é muito cedo ou muito tarde. Não que isso importe, os relógios não servem para mais nada além de mostrar quanto tempo ainda resta de música. A avenida se torna pequena demais pra tanta energia. Amor que transborda pelas ruas.
É tempo em que se vive um ano em uma semana. Intervalo da monotonia. Arco íris de cores infinitas. Desejo de quarta e paixão de quinta feira. É delírio e euforia. É amor de confete, é carnaval.