
Crítica | Filme "Todo dia" traz uma reflexão sobre a essência do amor
Escrito por
Thayná do Prado
Publicado em

Acordar todos os dias em um corpo que não é seu. Seria uma dádiva ou um infortúnio?
Fomos convidados pela Paris Filmes a assistir o filme "Todo Dia", que se trata de uma adaptação do livro de David Levithan, e dar a nossa opinião sobre as primeiras impressões que acaba deixando.
"A" é uma alma que todos os dias se torna uma pessoa diferente, tendo que se adaptar a rotina dela por um dia. As coisas mudam um pouco de rumo quando a alma acaba acordando no corpo de Justin e se apaixona pela namorada dele, Rhiannon. E para conseguir expressar o que sente, "A" terá que correr riscos alterando o dia-a-dia das pessoas que acaba se tornando.
O desenvolvimento se torna parecido com a maioria dos filmes de romance, onde há um namorado que não vê como a personagem é especial, um outro que vê o potencial dela e como os dois lutam com as dificuldades que vão passar juntos, coisa que acaba se tornando quase um padrão. O que faz com que o filme se desvie um pouco (só um pouco MESMO!) da rota dos filmes românticos é o fato de uma alma conseguir habitar diferentes corpos e os dois tentarem fazer de tudo para ficarem juntos com esse "pequeno fator" de não saber em qual corpo estará no dia seguinte.

A abordagem sobre raça, gênero e etnia que é feita no filme se torna bem interessante, já que Rhiannon não se interessa pela aparência, mas sim pelas atitudes de "A", não importando se no dia seguinte a alma será uma mulher, homem, negro, branco, asiático, transexual, se para algumas pessoas aparenta ser feia, estranha ou bonita. Ela vê o interior, o que tornou algo lindo e um ponto extremamente positivo.
No geral, é um filme que traz um conteúdo interessante sobre amar as pessoas pela sua essência e não pela fisionomia, porém entra na categoria "assistir uma vez". Você espera que algo emocionante aconteça para o filme dar uma "engrenada" mas não ocorre, permanece no mesmo ritmo e isso acaba não dando a oportunidade de deixar questionamentos (e até de criar expectativas) na cabeça de quem assiste.
Nota:3/5
Estreia: 26/07
Distribuição: Paris Filmes