
4 Motivos para assistir e amar "Duas Rainhas" filme com Margot Robbie e Saoirse Ronan
Escrito por
Joy
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O filme intitulado Duas Rainhas trás dois nomes fortes da nova geração para o protagonismo, Saoirse Ronan, conhecida por Um Olhar no Paraíso, Brooklyn e Lady Bird, interpretando a jovem rainha da Escócia, Mary, e Margot Robbie, de Eu, Tonya, O Lobo de Wall Street e o ainda não lançado Aves de Rapina, dando vida à rainha Elizabeth.
Mary, ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para a França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de construir seu próprio legado, se sobrepondo à sua prima Elizabeth I, a Rainha da Inglaterra.
Assistimos ao filme e listamos algumas razões para você não perder esse lançamento.
Nós amamos filmes adaptados em livros e esse não é diferente. Baseado no livro 'Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart' escrito pelo historiador e biógrafo John Guy. A obra relata de forma minuciosa, de acordo com documentos oficiais e muita pesquisa, a turbulenta relação entre as rainhas Mary, da Escócia e Elizabeth, da Inglaterra, e todo o percurso que leva à execução de Mary, que de acordo com o autor, é tanto a vítima quanto o carrasco da sua própria história.
Mary nunca quis usurpar o trono de Elizabeth, o que ela queria mesmo era que a rainha inglesa a reconhecesse como a sucessora legítima, caso a protestante não se casasse e nem tivesse herdeiros, sobretudo as coisas mudaram e tomara um rumo inesperado.
Sabemos que esses três aspectos são fundamentais quando falamos em filmes de época e especialmente em filmes baseados em fatos reais, e com Duas Rainhas não foi diferente. Os figurinos ficaram por conta da figurinista Alexandra Byrne, premiada pelo seu trabalho no longa Elizabeth: A Era do Ouro, com visuais pomposos e detalhes em denim, compondo uma proposta que une o tradicional com o moderno.
A maquiagem tem seu ponto alto quando a equipe consegue "enfeiar" uma pessoa como Margot Robbie, com o uso de uma prótese de no nariz, a deterioração da personagem ao longo do tempo, com perda de cabelo e marcas profundas em sua pele devido à varíola. Essas transformações tornam a atriz outra pessoa aos olhos dos espectadores, dando maior realismo e credibilidade à história.
Não dá para falar desse filme sem ressaltar os talentos das duas atrizes da nova geração, Saoirse Ronan e Margot Robbie, artistas aclamadas pelo Oscar e que vêm conquistando os cinéfilos com suas performances legítimas e pontuais.
Margot Robbie já havia demonstrado seu valor quanto atriz, realçando que é bem mais do que um rostinho bonito na produção, Eu, Tonya, mas como Elizabeth ela ressaltou seu trabalho uma vez que seus atributos físicos foram minados e só sobrou o talento maciço de Robbie. Mas não se deixe enganar, a atriz é só uma protagonista quando comparada com o brilho de Saoirse Ronan, que claramente, rouba a cena só para ela. A atriz nova iorquina se destaca pelo entusiasmo, com uma força destacável para alguém tão nova, seus diálogos são vibrantes e eloquentes, uma Mary Stuart ousada, prepotente, sem perder a doçura e a firmeza que propõe.
Sem dúvidas o ponto mais alto dessa produção é o discurso feminista. Logo de cara no prólogo do filme já vemos a Rainha Mary desamparada pela viuvez e que precisa urgentemente casar novamente e gerar um herdeiro para poder ser respeitada e conquistar seu direito ao trono. Do outro lado temos Elizabeth I, uma monarca fruto de uma traição, tanto amorosa quanto religiosa, que se recusa entrar nos parâmetros esperados pela sociedade do que uma mulher monarca deve ser. Recusando se casar, ou ter qualquer interesse amoroso, ou seja, sem herdeiros, demonstrando que ela, como mulher, basta para ser uma rainha completa.
Infelizmente a pressão imposta pela sociedade, ou seja seus súditos, e pelos seus próprios conselhos que zombar e conspiram contra as duas, pelo simples fato de serem mulheres. A conspiração é tamanha que termina prejudicando a vida de ambas as rainhas, mas isso vocês vão ter que assistir para descobrir o desfecho.
Como boa fã de filmes de monarcas, é muito bom ver o ponto de vista da história de Mary Stuart, diferente do que já havia sido mostrado em Elizabeth (1998) e Elizabeth: A Era do Ouro (2007). Recomendo e já quero ver de novo para prestar atenção nos detalhes perdidos.