"Midsommar – O mal não não espera a noite" é o Thriller mais perturbador do ano
Escrito por
Lilia Fitipaldi
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Depois de surpreender a todos com Hereditário, Ari Aster volta aos cinemas com um filme visualmente lindo e emocionalmente pesado. Midsommar conta a história de Dani (Florence Pugh) que depois de vivenciar uma enorme tragédia pessoal vai para um pequeno vilarejo na Suécia participar de uma festividade Local de verão, com o namorado Christian (Jack Reynor) e um grupo de amigos. Inicialmente o local aparenta ser um completo paraíso na terra, mas conforme passa o tempo ali Dani vai percebendo que toda a beleza do lugar esconde um lado terrivelmente sombrio.
Se você for do tipo que espera que ele seja um terror repleto de Jump Scare esqueça, assim como a nova onda de filmes de terror retomada por filmes como (Cisne Negro; Corra e Nós) o tom de terror do filme é puramente psicológico. O desenvolvimento do filme é lento, porém a atmosfera de suspense que paira no ar durante todas as 2h27 minutos do filme faz com que você não consiga tirar os olhos da tela. O terror do filme fica por conta da agonia que sentimos junto com a protagonista.
Filmado em plano médio (recurso que particularmente me lembrou um pouco The Handmaid’s Tale) a câmera faz com que o púbico se sinta um pouco como um “stalker com empatia” de Dani, tudo na montagem do filme cria uma experiência sensorial de modo passamos a sentir na pele cada sensação dela.
O grande diferencial de Midsommar seja sua “luminosidade”, diferente da maioria dos filmes de terror ele se passa todo durante o dia, toda claridade que o diretor de fotografia Pawel Pogorzelki é completamente proposital já que ele se passa durante o solstício de verão. Como o próprio nome do filme diz : “o mal não espera a noite”.
A trilha sonora é chave fundamental em todo desconforto que nos faz sentir, graças a uma mistura com elementos de sonoplastia como: passos, gritos e respiração.
Nota: 4/5
Distribuição: Paris Filmes
Estreia: 19/09