Viúva Negra: Confira nossos comentários sem spoilers do filme

Marvel / Reprodução

É bom filme da Marvel mas, infelizmente, somente isso

Por Pedro Godoy

Mesmo antes da morte de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) em Vingadores: Ultimato, os fãs da Marvel já pediam um filme solo da heroína, portanto, quando foi anunciado o longa que contaria mais sobre o passado dela, muitas expectativas foram criadas sobre o que seria contado. Natasha sempre foi deixada de lado pelo estúdio, desde o primeiro filme dos heróis mais super-poderosos da terra já havia fãs pedindo mais protagonismo a essa personagem, e quando parecia que sua hora de brilhar era em seu filme solo, infelizmente, ela falhou nessa missão.

Por mais que o filme divirta, é somente mais um longa genérico do estúdio, que mostra cada vez mais problemas em contar histórias de personagens femininas. Seja pela dificuldade em apresentar personagens novos, como a personagem de Florence Pugh, Yelena. O filme não consegue trazer nada de novo em termos narrativos para o universo cinematográfico, tendo reviravoltas comuns e nada que faça o telespectador ser surpreendido. 

Por outro lado, a trilha sonora combina perfeitamente com a heroína, engrandecendo ela da maneira que deve ser feita . A direção feminina tinha muitas expectativas em volta, que mesmo tendo bom ritmo, ela acaba não se destacando.

Marvel / Reprodução

Mesmo assim, o filme faz você se divertir, seja com a comédia sempre muito boa da Marvel ou com cenas de ação alucinantes (e esse filme tem ótimas cenas tanto de luta quanto de explosões). Scarlett Johansson está como sempre esteve quando deu vida à Natasha Romanoff, incrível, sendo o melhor ponto do filme. David Harbour também agrada com seu ótimo tempo de comédia, vivendo o Guardião Vermelho. Florence Pugh se destaca também, apesar de ter sido má apresentada, ela consegue ser carismática e seu interesse pela personagem só cresce com o decorrer do filme.

Com uma narrativa bem executada e um bom roteiro, Viúva-Negra apresenta ideias interessantes para o universo Marvel, mas a sensação que predomina é que essa história deveria ter sido contada após Guerra Civil, não depois de cinco anos. O sentimento que fica é que Scarlett Johansson não se despediu da heroína em seu filme solo, mas mesmo assim, marcou o cinema de super-heróis com suas ótimas atuações nos outros filmes do estúdio, embora com um papel secundário. No geral, o filme agrada, mas deixa a sensação que poderia ser muito mais do que foi, poderia ter sido o que essa heroína realmente merecia.

Nota: 3/5

Estreia: 8 de julho de 2021

*Crítica escrita pelo colaborador: Pedro Henrique A. Godoy, podcaster do Nerd Box.