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'Dungeons & Dragons: Honra Entre os Rebeldes' é o filme de fantasia que você precisa assistir!
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Redação Acidamente Sensível
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Como qualquer outro bom amante de fantasia, o fã de Dungeons & Dragons cresceu vendo obras inspiradas em seu produto original recebendo amores do mundo inteiro e da crítica, como a trilogia Senhor dos Anéis e Game Of Thrones. Durante todo esse tempo, pode ter certeza que seu coração não estava completo, principalmente ao lembrar da primeira adaptação do mundo fantástico de D & D em 2000, que criou traumas até hoje nos fãs do mundo inteiro. Mas, com uma nova adaptação chegando nas telonas do mundo inteiro nessa última semana de março, os fãs podem ficar tranquilos, pois Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes é um filme feito para aqueles que cresceram com esse universo e para os que ainda não conhecem, mas que agora não vão ver a hora de jogar RPG com seus amigos.
Antes de qualquer coisa, vale citar o que é RPG. Essa sigla significa “Role Playing Game”, ou seja, é um jogo em que as pessoas interpretam seus personagens criados por elas mesmas e formam uma narrativa que gira em torno do que a aventura se propõe a fazer. O jogo basicamente é dividido entre jogadores e mestre, o/a mestre é o grande cérebro por trás de toda história, é ele que vai o enredo e conduz a trama de todos os jogadores. Bem basicamente, é essa a estrutura de um RPG, e como qualquer outra obra fictícia que é marcada por gerações, é claro que existem vários clichês dentro desse nicho, desde cavaleiros desastrados até arqueiros que nunca acertam suas flechas. Portanto, após essa breve explicação, é possível entender como é difícil adaptar um jogo que depende exclusivamente da interpretação individual de cada participante, mas pode ficar tranquilo, o filme pega todos os estereótipos desse universo e transforma em uma aventura leve, engraçada, descomprometida, magicamente complexa, colorida e clichê.
Todos os adjetivos citados no texto não são à toa, o filme em nenhum momento promete trazer a aventura medieval mais épica que você já viu, ele passa a sensação de que foi feito por pessoas que amam esse universo e que queriam desde o começo mostrar como RPG é um jogo feito para todo mundo, seja para o jogador mais sério até o mais engraçado. Essa é sensação é passada principalmente por conta da direção e roteiro do filme, que ficou nas mãos da dupla Jonathan Goldstein e John Francis Daley, que foi responsável pelo texto do Homem-Aranha: De volta pra Casa, portanto, é possível perceber um ótimo timing de comédia e leveza durante toda história.
Nesta aventura vamos acompanhar o bardo Edgin Darvis, interpretado por Chris Pine, se juntando com o pior mago do mundo (Justice Smith), uma druida encrenqueira (Sophie Lillis) e uma bárbara sem filtro algum (Michelle Rodriguez) em busca de um artefato que possa salvar sua filha e o mundo. Uma história clichê até demais, né? E é isso que é maravilhoso! O filme é uma apenas uma campanha clássica de RPG, com missões secundárias absurdas, decisões em grupo que não levam a nada, batalhas em turno e muito mais. A sua despreocupação se torna a parte mais divertida, tornando momentos dramáticos em cenas hilárias, é realmente como se os atores estivessem jogando D & D.
A direção é bem encaixada e acerta no que se proponha a fazer, por mais que em alguns momento você sinta uma “covardia” em tomar certas decisões ou arriscar planos mais diferenciados. Mas onde ela brilha realmente é na sequência de ações, que foram muito bem coreografadas e pensadas para o filme. Um ponto técnico que vale ser elogiado é a direção de arte, pois é com ela que conseguimos ver a criatividade desse mundo e como ele pode ser vasto, em vários momentos você sentirá vontade que os personagens explorem mais esse universo. Outro elogio que se deve fazer ao filme é a química espectacular que os atores têm entre si, chega até ser bizarro como todos funcionam entre si e conseguem criar diálogos e situações muito bem feitas. Os que mais se destacam de longe são Justice Smith e Chris Pine, que conseguem trazer a carga dramática e cômica de forma leve e despercebida ao longo da jornada. Vale destacar também as ótimas participações de Hugh Grant e Rege-Jean-Page, se preparem para dar muita risada com ambos.
A sensação que esse filme passa é que precisamos de novos universos com temáticas diferentes em Hollywood, talvez essa ideia esteja sendo fortalecida pela saturação de filmes de heróis, e que essa história clichê fosse da Marvel ou da DC, ela não teria a mesma graça. Dungeons & Dragons: Honra entre rebeldes não é nenhuma obra-prima, mas acerta mais do que erra ao tentar fazer o simples e seguro. Óbvio que tem seus escorregões como a metade do filme em que ela acaba só se tornando massiva, mas ao sair da sala de cinema, você vai sentir que por algumas horas, você se divertiu e vai querer reunir seus amigos para criar uma campanha de Dungeons & Dragons. O RPG é a forma mais criativa e legal de reunir seus amigos para jogar uma história, é nela que soltamos nosso lado criativo e deixamos a timidez de lado, conseguimos criar memórias com nosso grupo de amigos e deixar de lado, mesmo que seja só por algumas horas, os problemas do mundo real e se divertir enfrentando dragões e outros monstros. Se você não sabe nada desse mundo, fica tranquilo, assista o filme e saia animado para chamar seus amigos e aproveitar o bom e velho D & D.
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