Série 'Ahsoka' é o épico que os fãs tanto esperavam no universo expandido de Star Wars
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Redação Acidamente Sensível
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Aqui sua importância equivale a um filme lançado nos cinemas, toda jornada de Filoni dirigindo série como The Mandolarian o levaram até aqui, até sua personagem favorita é tão importante que é Ahsoka. Aqui ele mostra que seu olhar é de um mestre jedi pronto para comandar o futuro de todo universo. A nova série de Star Wars mostra o porquê de amarmos tanto esse título.
Antes de se aprofundar em qualquer assunto, tenho que tirar o que tá preso na minha garganta. Você precisa ter um conhecimento prévio do universo expandido de Star Wars para conseguir aproveitar Ahsoka da melhor maneira e sem ficar perdido em vários momentos. Aqui é como se fosse a sequência do desenho animado “Rebels”, apresentando novamente personagens que apareceram anteriormente na animação e continuando os pontos que foram deixados para terminar. Claro, se você assistiu as aventuras do Mandaloriano, você consegue aproveitar de forma confortável toda trama, mas caso não, recomendo fortemente assistir algum resumo de todo universo expandido para não se sentir excluído de toda aventura que Ahsoka vai embarcar.
O último produto que me fez lembrar do porque amo tanto Star Wars foi a série Andor, lançada em 2022, que, com certeza, foi uma das maiores surpresas do ano passado. Abordando temas políticos e resgatando a essência da franquia. Em Ahsoka, esse sentimento de felicidade surgiu novamente, como se a força estivesse me chamando para acompanhar a história da mestre jedi que há muito tempo atrás, eu a conheci como uma jovem padawan. Filoni toma todo cuidado possível para que a história seja direta, cuidadosa e intrigante, fazendo eu acreditar que a partir daqui, uma nova era de Star Wars está começando. Tudo isso se deve também pelo elenco fantástico que está incluído na série, como personagens novos como Baylan Skall (Ray Stevenson) e Shin Hati (Ivanna Sakho), que já nos primeiros minutos de série te entregam a presença e imponência de ambos. Rosario Dawson entrega a Ahsoka perfeita, calma e destemida, sentimos tudo que a personagem já viveu apenas na sua ótima atuação.
Tanto o droíde Huyang (David Tennant) e a general Hera Syndulla (Mary Elizabeth Winstead) já te fazem se importar rapidamente com ambos, uma apresentação ótima para aqueles que não os conheciam e um momento nostálgico para os fãs que viu Syndulla fazendo história em Rebels. Mas quero destacar a personagem que na minha opinião, roubou a cena, no caso estou falando de Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo), que é uma ex-padawan de Ashoka que está em buscas de respostas sobre o paradeiro de Ezra Bridger, seu velho amigo. Sabine é destemida, engraçada, leal e uma das melhores personagens que Star Wars já apresentou, não vou dar nenhum spoiler, assistam e se apaixonem por ela.
O que posso dizer que mais me cativou foi os personagens, que logo em dois episódios já apresentam suas questões emocionais, objetivos e falhas. Ahsoka, que por muitas vezes é fria como ex-mestre e calorosa em ir atrás dos seus objetivos, Sabine com suas inseguranças e sensação que seu dever ainda não foi cumprido e entre outros que só vendo para se conectar ainda mais. Aqui todos parecem ter algo a contar, algo a descobrir, Filoni não perde tempo em fazer que seus personagens sejam interessantes e complexos, como a própria Ahsoka que se vê rodeada pelo fantasma de seu ex-mestre Anakin Skywalker.
Os dois primeiros episódios estabelecem qual caminho seus personagens e história vão seguir, sempre deixando um ar de mistério e grandiosidade a caminho. Filoni quer mostrar que Ahsoka não é mais uma série isolada, mas sim o epicentro de novos grandes acontecimentos de todo universo, fazendo que os fãs sejam tão fãs dela como são de The Mandalorian e que a história seja tão incrível como em Andor, ou seja, seu objetivo é abraçar de forma natural, o que de melhor já foi feito até aqui. Aqui Ahsoka consegue equilibrar bem boas atuações, lutas muito bem elaboradas, história intrigante e criatividade que há tempos não víamos em Star Wars. Se George Lucas foi o mestre de Dave Filoni, agora é sua hora de se tornar o mestre jedi que precisávamos para reacender de vez a força em todos os fãs desse universo que tanto amamos.
Escrito por: Pedro Godoy