Filme "O Assassino da Lua das Flores", de Scorsese, denuncia genocídio indígena
Escrito por
Kathleen Novaes
Publicado em
O longa, estrelado por Leonardo DiCaprio, Lily Gladstone e Robert De Niro, e baseado no best-seller de David Grann, conta a história verídica do primeiro grande caso do FBI, em 1920, nos Estados Unidos. Na época, os indígenas da tribo Osage eram afortunados por conta do petróleo que havia em sua reserva, localizada em Oklahoma.
A fortuna chamava atenção de homens brancos, que queriam se apossar do dinheiro. Então, misteriosos assassinatos de indígenas começam a acontecer na região. É quando o Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) chega em Oklahoma para se hospedar na casa de seu tio, William Hale (Robert De Niro), que conquistou a confiança dos Osage e era muito querido na região, e acaba se apaixonando por Mollie Burkhart (Lily Gladstone), uma indígena que possuía uma grande fortuna e logo, herdaria mais dinheiro de sua família. Eles se casam, têm filhos, mas Mollie se vê devastada com a perda dos seus entes queridos com mortes duvidosas.
O filme, possui longas três horas e vinte e seis minutos que são preenchidas de forma que você não consegue tirar o olho da tela e fica preso a triste e assustadora história retratada. O diretor Martin Scorsese, que também esteve a frente do filme ‘O Irlandês’, conta os fatos de modo em que o FBI não é o protagonista, e sim os Osage. Isso se dá também por conta da por conta do envolvimento dos indígenas na produção do filme. Mesmo assim, falta um pouco da perspectiva da Mollie, personagem que mais sofre durante todo o filme.Ela deveria ser a estrela do longa, sabe?
A atuação da Lily Gladstone é impecável, nos fazendo sentir dor, raiva, medo e ir para o fundo do poço apenas com suas expressões, mesmo com suas poucas falas. Leonardo Di Caprio traz consigo a capacidade de sentir indignação por um personagem que comete atrocidades devido ao fato de ser manipulável demais, e justamente por isso, em certos momentos você até pode vê-lo como vítima. Já Robert De Niro, entrega cinismo e frieza com a excelência que já estamos acostumados.
O filme traz uma reflexão sobre a ilimitada maldade humana, preconceito e o genocídio indígena que aconteceu naquela época, que segue existindo e que tomaram outras formas ao longo de cem anos desde a época em que os fatos retratados ocorreram.
Enquanto isso, Bill coloca em prática seu plano cruel para herdar o dinheiro dos indígenas e conta com a ajuda de Ernest. Mortes estranhas e sem a devida investigação revoltam os Osage, que passam a fazer de tudo para que o governo faça algo a respeito.
O filme, possui longas três horas e vinte e seis minutos que são preenchidas de forma que você não consegue tirar o olho da tela e fica preso a triste e assustadora história retratada. O diretor Martin Scorsese, que também esteve a frente do filme ‘O Irlandês’, conta os fatos de modo em que o FBI não é o protagonista, e sim os Osage. Isso se dá também por conta da por conta do envolvimento dos indígenas na produção do filme. Mesmo assim, falta um pouco da perspectiva da Mollie, personagem que mais sofre durante todo o filme.
A atuação da Lily Gladstone é impecável, nos fazendo sentir dor, raiva, medo e ir para o fundo do poço apenas com suas expressões, mesmo com suas poucas falas. Leonardo Di Caprio traz consigo a capacidade de sentir indignação por um personagem que comete atrocidades devido ao fato de ser manipulável demais, e justamente por isso, em certos momentos você até pode vê-lo como vítima. Já Robert De Niro, entrega cinismo e frieza com a excelência que já estamos acostumados.
O filme traz uma reflexão sobre a ilimitada maldade humana, preconceito e o genocídio indígena que aconteceu naquela época, que segue existindo e que tomaram outras formas ao longo de cem anos desde a época em que os fatos retratados ocorreram.