"As Marvels" entrega um filme divertido e com personagens carismáticas
Escrito por
Redação Acidamente Sensível
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Direção e roteiro
O filme é dirigido pela talentosa Nia DaCosta, conhecida pelos seus trabalhos em “A Lenda de Candyman”. O movimento da Marvel em trazer cada vez mais diretores e diretoras que possuem um olhar mais único e fugindo do padrão que conhecemos é acertado, mas perigoso quando há nitidamente uma força maior (Kevin Feige) impondo suas idéias e não deixando o artista impor seu olhar para a obra. Em vários momentos sua montagem é confusa, com cortes anti-climáticos e desdobramentos rápidos que deixam momentos que merecem mais calma rápidos.
A história é coesa e com um ritmo bom, nada diferente do que já vimos várias vezes dentro desse gênero, mas que mesmo assim, consegue construir as motivações dos seus personagens de forma que faça sentido com a trama. Carol Danvers (Brie Larson) e Monica Rambeau (Teyonah Parris) são mais desenvolvidas e com novas facetas demonstradas, mostrando um lado mais emocional e familiar entre ambas. As duas heroínas conseguem criar momentos emocionantes e que vão fazer o público se conectar rapidamente com suas motivações e semelhanças, pois aqui, por mais que elas tenham superpoderes, o que realmente importa é o amor e carinhos que elas possuem uma pela outra.
Falando em personagens, é aqui que está o maior acerto do filme e seu calcanhar de aquiles. Precisamos falar o quão certeira foi a escalação de Iman Vellani como Ms. Marvel, que desde o começo até o final, rouba todos os holofotes para ela com seu carisma e atuação. A interação dela com sua família, com a Capitã Marvel, Nick Fury, motivações, aprendizado é tudo muito bem argumentado e fácil de se conectar. É como se ela representasse a gente em um mundo cheio de heróis e heroínas. Não somente de carisma vive Kamala Khan nesse filme, aqui ela cresce como personagem ao enfrentar dilemas difíceis e fora do comum que ela estava acostumada, portanto, é seguro dizer que ela vai dominar o MCU daqui pra frente.
Mas como havia dito, é nos seus personagens que “As Marvels” encontra seu maior defeito, que no caso é sua antagonista. Não digo que ela é totalmente esquecível por conta de suas motivações, até porque elas fazem sentido e jus à uma vilã de quadrinhos. O que torna ela tão “medíocre” é a falta de ameaça que ela propõe, pois por seu plano ser tão gigantesco em termos de ambições, torna que tudo que ela está fazendo faça você pensar “okay, todos sabemos que isso não vai dar em nada”. Sem contar que todo seu desenrolar é preguiçoso.
“As Marvels” não consegue atingir todo seu potencial, mas é preciso ter em mente que em nenhum momento o filme prometeu entregar tudo isso, e o que ele entregou foi o suficiente para se divertir e ter seu lugar no coração de quem gosta de filmes desse gênero. Com momentos que nunca vimos em toda história do MCU, é interessante notar que por mais que tenha defeitos, não podemos ignorar as suas qualidades (que são muitas por sinal). Aliás, vale citar sobre a comédia do filme, que vem sendo muito criticada por ser “boba”, “infantil” e “lacradora”. Não vou citar nenhum exemplo para não dar spoiler do longa, mas, quero colocar um questionamento: se você considera esse tipo de humor ultrapassado e militante, mas gosta e morre dar risada com humor que apresenta somente conotações sexuais e violência extrema, pode ter certeza que o humor de “As Marvels” não é o problema.
Entre erros e acertos, o saldo das três heroínas fica no positivo. Além de toda aventura que elas percorrem, o filme prepara o terreno para futuras histórias e novas uniões.
A história é coesa e com um ritmo bom, nada diferente do que já vimos várias vezes dentro desse gênero, mas que mesmo assim, consegue construir as motivações dos seus personagens de forma que faça sentido com a trama. Carol Danvers (Brie Larson) e Monica Rambeau (Teyonah Parris) são mais desenvolvidas e com novas facetas demonstradas, mostrando um lado mais emocional e familiar entre ambas. As duas heroínas conseguem criar momentos emocionantes e que vão fazer o público se conectar rapidamente com suas motivações e semelhanças, pois aqui, por mais que elas tenham superpoderes, o que realmente importa é o amor e carinhos que elas possuem uma pela outra.
A dinâmica das personagens
Falando em personagens, é aqui que está o maior acerto do filme e seu calcanhar de aquiles. Precisamos falar o quão certeira foi a escalação de Iman Vellani como Ms. Marvel, que desde o começo até o final, rouba todos os holofotes para ela com seu carisma e atuação. A interação dela com sua família, com a Capitã Marvel, Nick Fury, motivações, aprendizado é tudo muito bem argumentado e fácil de se conectar. É como se ela representasse a gente em um mundo cheio de heróis e heroínas. Não somente de carisma vive Kamala Khan nesse filme, aqui ela cresce como personagem ao enfrentar dilemas difíceis e fora do comum que ela estava acostumada, portanto, é seguro dizer que ela vai dominar o MCU daqui pra frente.
Mas como havia dito, é nos seus personagens que “As Marvels” encontra seu maior defeito, que no caso é sua antagonista. Não digo que ela é totalmente esquecível por conta de suas motivações, até porque elas fazem sentido e jus à uma vilã de quadrinhos. O que torna ela tão “medíocre” é a falta de ameaça que ela propõe, pois por seu plano ser tão gigantesco em termos de ambições, torna que tudo que ela está fazendo faça você pensar “okay, todos sabemos que isso não vai dar em nada”. Sem contar que todo seu desenrolar é preguiçoso.
Mas, o filme deixa bem claro que a ameaça que está entre elas é somente um segundo plano, pois o que Nia DaCosta queria nos mostrar mesmo é a união entre Capitã Marvel, Miss Marvel e Monica Rambeau.
A química entre as três é facilmente uma das coisas mais divertidas dos últimos três anos da Marvel. Todas se conectam e possuem diálogos engraçadíssimos e com muita união feminina. É de aquecer o coração toda admiração que Kamala sente por Carol, o carinho que as três têm uma pela a outra e como que no final, elas se tornam uma família. A Goose, Nick Fury e a família da Kamala Khan não ficam para trás não, todos tem seus momentos e conseguem divertir o público.
A química entre as três é facilmente uma das coisas mais divertidas dos últimos três anos da Marvel. Todas se conectam e possuem diálogos engraçadíssimos e com muita união feminina. É de aquecer o coração toda admiração que Kamala sente por Carol, o carinho que as três têm uma pela a outra e como que no final, elas se tornam uma família. A Goose, Nick Fury e a família da Kamala Khan não ficam para trás não, todos tem seus momentos e conseguem divertir o público.
O 'humor' do filme
“As Marvels” não consegue atingir todo seu potencial, mas é preciso ter em mente que em nenhum momento o filme prometeu entregar tudo isso, e o que ele entregou foi o suficiente para se divertir e ter seu lugar no coração de quem gosta de filmes desse gênero. Com momentos que nunca vimos em toda história do MCU, é interessante notar que por mais que tenha defeitos, não podemos ignorar as suas qualidades (que são muitas por sinal). Aliás, vale citar sobre a comédia do filme, que vem sendo muito criticada por ser “boba”, “infantil” e “lacradora”. Não vou citar nenhum exemplo para não dar spoiler do longa, mas, quero colocar um questionamento: se você considera esse tipo de humor ultrapassado e militante, mas gosta e morre dar risada com humor que apresenta somente conotações sexuais e violência extrema, pode ter certeza que o humor de “As Marvels” não é o problema.
Entre erros e acertos, o saldo das três heroínas fica no positivo. Além de toda aventura que elas percorrem, o filme prepara o terreno para futuras histórias e novas uniões.
Tem UMA cena pós-créditos
A cena pós-créditos fez eu gritar e ficar arrepiado no cinema, então FIQUEM e VEJAM ela que é simplesmente épica. Divertido do começo ao fim, “As Marvels” valeu seu ingresso e atenção, pois daqui em diante, você vai querer ver as três voando mais alto, mais longe, mais rápido e juntas novamente.
Nota: 3.5/5
Nota: 3.5/5
Escrito por: Pedro Godoy