“Deadpool & Wolverine” é um cuidado da Marvel para os fãs e para o cinema
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Redação Acidamente Sensível
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Uma abertura para novas oportunidades, somada ao célebre ator que fechou portas e por fim voltou atrás com uma proposta irrecusável. Ao assistir o novo filme da Marvel Studios, é possível perceber que o universo cinematográfico sempre precisou da junção de Ryan Reynolds e Hugh Jackman, mas ele só se deu conta disso quando finalmente aconteceu.
Muitas entrevistas mostraram a conexão da dupla de amigos que protagonizou esse longa. Tal parceria marcada na história, revela um Wolverine que nunca foi visto antes. Para tal, foi necessário uma informação que passava despercebida aos fãs até que as duas temporadas de Loki mostrassem a Linha do Tempo Sagrada, controlada pela AVT. As variantes deram oportunidades de “ressuscitar” personagens antes dados como mortos em sua história e por conta disso os telespectadores têm acesso a um Logan como jamais visto antes.
A inteligência do roteiro de Deadpool & Wolverine se deve principalmente às contribuições de Ryan Reynolds na direção e roteiro de Shawn Levy. São poucas as vezes que o novo longa comete pecados comuns em histórias de multiverso: uma quantidade exagerada de informações em cenas rápidas, que a olhos despercebidos ou desatentos podem se tornar confusas pela quantidade de referências que interligam a história do cinema.
Ainda dentro dessa perspectiva, nós enxergamos um acerto que o longa obteve. Diferente de “Doutor Estranho 2”, a produção tem um esforço especial em misturar a história com aparições de clássicos personagens dos quadrinhos e ainda assim fazer uma bela homenagem às figuras clássicas da Fox. As cenas divertidas com falas astutas, cirúrgicas e que conseguem variar bem entre o cômico, a ironia e a profundidade, são com certeza um dos pontos altos da narrativa.
“Deadpool & Wolverine” tem acertos notáveis e impactantes
Para além disso, a verossimilhança presente na produção é o toque especial de falar do mundo do cinema dentro de um filme. Para isso, Ryan Reynolds quebra a quarta parede diversas vezes, ou seja, por horas funciona como narrador e conversa com o público que está assistindo ao longa. Da mesma forma, ele utiliza de referências do próprio universo com piadas sobre as permissões de Kevin Feige quanto ao roteiro, além de mencionar brincadeiras sobre a contratação de determinados atores.
Outra boa referência são pequenos detalhes de produções dos outros estúdios como Gossip Girl e Mad Max. O filme segue a linha dos primeiros da franquia, mas dessa vez trabalha muito bem as cenas de luta, a conexão dessas menções e analogias externas e ainda consegue conquistar o coração dos fãs desses heróis.
A trilha sonora com certeza é um dos grandes acertos também, as conexões com o mundo pop dão um novo sentido à clássica história de heróis. Com uma mistura de Madonna, Avril Lavigne, The Goo Goo Dolls e entre outros, a produção consegue surpreender em todos os detalhes que foram pensados para encantar o público.
Por fim, “Deadpool & Wolverine” surpreende e traz um marco para o cinema e para as histórias de heróis. Apesar do ótimo desenvolvimento, os acontecimentos não trazem uma grande expectativa para o que pode vir no futuro da Marvel, uma vez que os impactos parecem envolver apenas o arco de ambos os personagens - inclusive a famosa cena pós-crédito que não acrescenta em nada no universo.
Escrito por: Isabella Rocha