
CRÍTICA DO FILME 'COMO SE TORNAR O PIOR ALUNO DA ESCOLA' COM CARLOS VILLAGRÁN E DANILO GENTILI
Escrito por
Viviane Oliveira
Publicado em

A Paris Filmes apresenta um longa baseado no livro "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola" e o Acidamente Sensível traz para vocês o melhor e o pior dele.
NÃO POSSUI SPOILERS
Na história conhecemos Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel) , estudantes que enfrentam as clássicas tarefas de cumprir as obrigações escolares, tirar boas notas, ter bom comportamento e cumprir as regras da escola, cada vez mais elaboradas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán). Pedro encontra, por acaso, um diário de como provocar o caos na escola sem ser pego, o que leva os dois amigos a seguirem as dicas do caderno e a conhecerem o Pior Aluno, que não tem o nome mencionado em nenhum momento.
O projeto do diretor Fabricio Bittar e do roteirista Danilo Gentili, também escritor do livro homônimo, tinha o objetivo de elevar marcos dos anos oitenta como "Curtindo a Vida Adoidado", "Karatê Kid", "Porky's", mas apenas conseguiram uma trama sem estrutura, de satirização ao bullying e cheia de piadas batidas que ofendem minorias como, por exemplo, os homossexuais que são ligados a pedofilia com o personagem de Fabio Porchat. No entanto, Gentili acredita que o filme agradará a todos independente da idade pois resgata a "alma de moleque".
O projeto do diretor Fabricio Bittar e do roteirista Danilo Gentili, também escritor do livro homônimo, tinha o objetivo de elevar marcos dos anos oitenta como "Curtindo a Vida Adoidado", "Karatê Kid", "Porky's", mas apenas conseguiram uma trama sem estrutura, de satirização ao bullying e cheia de piadas batidas que ofendem minorias como, por exemplo, os homossexuais que são ligados a pedofilia com o personagem de Fabio Porchat. No entanto, Gentili acredita que o filme agradará a todos independente da idade pois resgata a "alma de moleque".
Os protagonistas são dois estreantes que foram escalados com o auxílio do Instagram. Gentili declara que eles queriam garotos que poderiam encarnar o papel de "cabaços" de forma real e natural. Bruno Munhoz e Daniel Pimentel conseguem conquistar o público principalmente pois se relacionam de forma íntima com o ambiente escolar. Apesar de interpretarem garotos de 14 anos, Munhoz ainda tem 13 e Pimentel tem 18.

Como destaque temos Carlos Villagrán, intérprete do famoso Kiko. Infelizmente sua atuação foi prejudicada por sua dificuldade com o português, mas foi um prazer vê-lo em tela, principalmente em easter eggs como ele dizendo "cale-se, cale-se, cale-se porque você me deixa louco". Esse é o primeiro personagem que Villagrán interpreta depois de 48 anos na pele do personagem do famoso seriado Chaves. Danilo Gentili não enfrentou nenhuma dificuldade e nem surpreendeu. Isso aconteceu principalmente porque seu personagem era uma essência de quem ele é fora das telas.
A trilha sonora é o grande destaque desse longa. Em alguns momentos ela se sobressaiu e afetou alguns dos diálogos, mas as músicas de bandas internacionais e nacionais de rock fazem com que a platéia tenha seu momento de rebeldia. Bittar também pôde mostrar seu talento nas cenas de ação e de explosões que cumpriram muito bem seu papel visualmente.
Esse foi com certeza um projeto em que dois amigos se reuniram e decidiram colocar tudo num papel, sem filtro nenhum e sem nenhuma qualidade. A questão levantada de que uma pessoa não deve ser definida por uma prova é válida, mas de uma forma geral esse longa ensina a como se tornar o pior filme do cinema.
Nota: 2/5
Distribuição: Paris filmes
Estreia: 12/10/2017