Crítica | "Jurassic World: Reino Ameaçado" é o mais sombrio da franquia até agora
Escrito por
Isadora Bispo
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Após a quase completa destruição do Jurassic World no fim do primeiro filme da franquia, o parque, apesar de fechado, ainda abriga as criaturas que restaram. Porém a espécie se vê mais uma vez à beira da extinção quando o vulcão da Isla Nublar começa a entrar em erupção. Logo nos primeiros minutos o filme apresenta um conflito moral, pois o governo decide não se envolver com uma causa relacionada à uma empresa privada. Então um investidor visionário decide por conta própria, realizar uma expedição para resgatar os dinossauros. E é aí que os personagens que já conhecemos entram na história novamente, pois não há ninguém que conheça melhor o lugar como Claire Dearing, que acaba convencendo Owen a participar da busca também.
O primeiro filme, Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, tem o posto de 5° lugar nas bilheterias mundiais e arrecadou 1,672 bilhões de dólares. Jurassic World: Reino Ameaçado, dirigido por Juan Antonio Bayona, mesmo diretor de O Impossível e O Orfanato, tem um clima bem diferente do primeiro filme, que é como uma aventura fantástica dentro do universo. Já Reino Ameaçado se preocupa mais com o suspense, apresentando vários momentos de tensão e terror que geram ótimas sequencias de ação acompanhadas de uma trilha sonora marcante.
O filme tem um cuidado maior com a fotografia e dá um ar assustador às cenas, adicionando sombras e giros de câmera em 360° graus, que em conjunto com o 3D dão um resultado interessante. A inovação de Steven Spielberg na criação dos dinossauros trás mais realidade à tela mesclando computação gráfica com os animatrônicos.
Com os novos cenários a história passa a ser ambientada em dois pontos principais: a ilha que conhecemos no primeiro filme e uma mansão repleta de salas imensas e passagens secretas, que resgatam o ar dos clássicos de Spielberg. O filme apresenta novos dinossauros, com destaque especial para o Indoraptor, o grande mostro da trama, que está ainda mais mortal que o Endominus Rex, foco do filme anterior. Os atores continuam com uma boa atuação e até maior química em cena.
Apesar das boas atuações dos atores principais, os vilões se perdem na história sendo caricatos demais, tudo para reforçar a maldade da natureza humana. Além, de é claro os novos personagens inseridos, em destaque para o alívio cômico do filme, que não funciona da mesma forma que o anterior. Mesmo com a suspensão da descrença, as vezes se torna um pouco difícil acreditar nas soluções dos problemas encontradas pelos personagens, que podem parecer irreais demais, mesmo que estejamos falando sobre dinossauros. Ao mesmo tempo que o Plot twist é totalmente inesperado, a situação em si não se encaixa muito bem na história, pois parece apenas serviu de desculpa para as decisões finais dos personagens, fato que talvez mude na sequencia.
Nota: 4/5
Distribuição: Universal Pictures
Estreia: 21/06