
Crítica | Filme "Bohemian Rhapsody" chega para emocionar
Escrito por
Joy
Publicado em

Bohemian Rhapsody chega com a proposta de homenagear a vida e obra do ilustre vocalista da banda de rock Queen, Freddie Mercury. A biografia conta a história do artista desde os prelúdios da carreira, até a descoberta da doença. O longa estréia na quinta feira (1) nos cinemas de todo o país.
Idealizado para homenagear a banda de rock e seu "líder", o filme ressalta a genialidade e talento de Mercury, que desde o início carregava a excentricidade que o tornariam o artista único e considerado até hoje uma das melhores vozes do mundo. Não há ninguém no mundo que nunca tenha sido impactado por uma canção da banda britânica, os inúmeros sucessos fizeram com que o grupo se destacasse entre os melhores de todos os tempos, causando grande ansiedade quando a biografia fora anunciada.
O filme ansiava grande potencial em retratar a vida de uma das maiores estrelas de todos os tempos, porém infelizmente peca pela história rasa e superficial da trajetória de Mercury. De acordo com os membros da banda, Brian May e Roger Taylor, pensaram em um filme com uma estrutura familiar, o que levaria a deixar detalhes da vida pessoal de Freddie fora do longa, focando principalmente em seu crescimento profissional. Inclusive essa mudança de vertente fez com que o ator Sasha Baron Cohen, cotado inicialmente para interpretar o rockeiro, deixasse a produção, deixando o papel para o jovem Rami Malek.
A falta de esclarecimento e aprofundamento da sexualidade do astro, faz parecer que há certa vergonha em assumir quem ele era de verdade, focando em idealiza-lo como bissexual, não enfrentando os problemas de fórmulas previsíveis em retratar farras homossexuais, como se o seu estado sexual fosse um revés no meio da sua trajetória.
Mas não dá para não se emocionar com a retratação do relacionamento do cantor com sua primeira namorada Mary Austin, seu grande amor, o que começou como um amor romântico, depois de se assumir homossexual, passou para um amor profundo e quase lúdico, onde Freddie esbravejava aos quatro cantos que Mary sempre seria o amor da sua vida, e desse "relacionamento" nasceu a canção "Love of My Life" como uma homenagem à sua grande amiga e parceira de vida.

Pontos principais de destaque na história estão o carisma irrefutável de Freddie, que sempre se mostrou autêntico, além do ótimo relacionamento entre os membros da banda, que se apoiavam e mergulhavam de cabeça nas ideias uns dos outros. O amor por gatos, seus anseios, dramas e incertezas são partes importantes na trajetória do astro.
Um item muito interessante na história é a citação do show do Brasil, como um dos mais importantes da carreira da banda, um vez que o público brasileiro foi um dos primeiros há reproduzirem um coro em uníssono o refrão de Love of My Life, causando grande impacto na banda. Mesmo que no filme essa passagem ocorra antes dos nos 80 e no Rio de Janeiro, e na realidade aconteceu em São Paulo em 1981 quando o cantor já tinha o visual icônico de bigode.
Sem dúvida nenhuma os maiores destaques da produção são as representações dos grandes hinos da banda, que embalam a trilha sonora, fazendo ser impossível o espectador não cantarolar junto em cada uma das cenas musicadas.
Mas é inaceitável não vangloriar o maravilhoso desempenho do elenco em representar personagens reais tão importantes. Rami Malek surpreende com um Freedie Mercury que vai além do implante na boca, que é impressionante, ele refaz os trejeitos, manias, formas de falar e se comportar, a excentricidade, o egocentrismo, além de repassar de forma magistral a presença de palco do artista.
Não seria surpresa nenhuma se surgisse uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Os atores coadjuvantes também não deixam nada a desejar, pelo contrário, convencem de forma assertiva, desde a caracterização até a essência de cada um dos integrantes representador por Ben Hardy como o baterista Roger Taylor, Joseph Mazzello como John Deacon e o brilhante Gwilym Lee como o guitarrista Brian May, que se sobressalta pela sua enorme semelhança com o guitarrista.
Mas é inaceitável não vangloriar o maravilhoso desempenho do elenco em representar personagens reais tão importantes. Rami Malek surpreende com um Freedie Mercury que vai além do implante na boca, que é impressionante, ele refaz os trejeitos, manias, formas de falar e se comportar, a excentricidade, o egocentrismo, além de repassar de forma magistral a presença de palco do artista.
Não seria surpresa nenhuma se surgisse uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Os atores coadjuvantes também não deixam nada a desejar, pelo contrário, convencem de forma assertiva, desde a caracterização até a essência de cada um dos integrantes representador por Ben Hardy como o baterista Roger Taylor, Joseph Mazzello como John Deacon e o brilhante Gwilym Lee como o guitarrista Brian May, que se sobressalta pela sua enorme semelhança com o guitarrista.
Apesar dos erros e ausências, o filme é uma linda homenagem ao gênio da música e todo o seu legado. Para os bons fãs de Queen, tenho certeza que irão se emocionar com a maravilhosa trajetória da banda, sair da sessão com os olhos cheios de lágrimas e com o coração acalentado de saber que o mundo teve a honra de conhecer Freddie Mercury.
Nota: 4/5
Estreia: 1/11
Distribuição: Fox