
Já conferimos "The Flash", confira nossa crítica livre de spoilers
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Redação Acidamente Sensível
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Longe de ser um filme exemplar em termos técnicos ou narrativos, The Flash é um grande exemplo de como fazer um bom filme de super herói sem precisar se preocupar em ter um bom roteiro ou uma direção marcante. É como o próprio diretor Martin Scorsese havia falado sobre filmes da Marvel Studios: "São parques de diversão”. E esse é o adjetivo perfeito para resumir “The Flash”.
Não é novidade que esse filme passou por problemas com trocas de direção, mudanças no universo em que ele está inserido, troca de direção da DC, casos polêmicos envolvendo o ator principal Ezra Miller e entre outros. Portanto, antes de sequer sair o primeiro trailer, e mesmo após a confirmação da direção de Andy Muschietti (It – Capítulo Dois), havia uma desconfiança gigantesca envolvendo a produção. Mas, após sua prévia ser lançada, o jogo virou. O filme que nasceu desacreditado, ganhou ares de empolgação e teorias. Sendo assim, os fãs começaram alimentar da esperança que havia nascido após ver a primeira aparição de Michael Keaton como Batman novamente. E após as primeiras exibições do longa afirmarem que o filme estaria bom e que mudaria o cinema de super-heróis, “The Flash” já havia se tornado o maior filme do universo de Zack Snyder antes mesmo de ser lançado. Mas as expectativas foram correspondidas?
Ao ver o longa, é claro que sua missão era muito difícil. Ele teria que preparar o terreno para um novo universo e ainda concluir aquele que está inserido. Bom, já vale adiantar que o filme falha nesses dois aspectos. Ao decorrer da história é nítido que o roteiro feito por Christina Hodson está longe de se preocupar em responder perguntas e concluir diversas teorias, mas é perceptível que seu maior objetivo foi atingido, que é a diversão. A história foi baseada no clássico quadrinho chamado “Flashpoint”, que claramente é sua maior inspiração e ponto de partida para o decorrer dos eventos. Mas, o que é mais interessante é a despreocupação de Christina em explicar viagens do tempo e o multiverso, aqui é tudo simples e bem executado, deixando agradável e divertido de se acompanhar.
Aqui vai um breve resumo da história do filme: Barry Allen é um policial forense que tem que conciliar sua vida de herói com a sua vida pessoal, tentando ser dar o seu melhor em ambas as partes. Após descobrir acidentalmente que pode voltar no tempo, Barry decide se livrar do seu maior trauma: a morte de sua mãe. Portanto, após mudar os eventos do passado, o seu futuro está diferente e a partir daí é só indo ao cinema para saber mais.
O que pode se tirar da história do filme é uma jornada do herói muito bem executada, em todos os momentos o roteiro funciona muito bem ao mostrar toda culpa que Barry carrega e como isso afeta quem ele é, portanto, sua viagem no tempo se torna compreensiva e apreensiva, por sabermos muito bem o quanto é importante para o personagem principal. Que por sinal, vale ressaltar a ótima atuação de Ezra Miller como o velocista escarlate, em todo momento é possível comprar a dor de sua perda e sentir o que ele quer passar com suas falas e atuação. Mas vale deixar claro que isso não é uma passagem de pano para o ator, que teve comportamentos irresponsáveis fora do set. Só é triste ver um potencial tão grande sendo jogado fora por imaturidade.
O ponto forte do filme é com certeza os companheiros de Flash ao longo da história, dando destaque principalmente para a volta de Keaton no papel do homem-morcego. Se passaram anos e anos desde que ele fez sua última aparição como Bruce Wayne, e aqui em “The Flash” pode se afirmar que ele envelheceu como vinho. Tudo nele funciona, sua atuação, diálogos, figurinos, fan-service, o olhar nostálgico e cheio de referências de Muschetti deu um tom marcante para que essa se tornasse um evento histórico. No entanto, temos que destacar a participação de Sasha Calle como Supergirl. Logo de cara quero afirmar que ela foi um grande acerto, dando um tom novo para a heroína e uma sensação de esperança ao olhar para o símbolo e ver quem o está representado, mas, sinto que ela não foi totalmente aproveitada como deveria, muitas vezes ela rouba a cena e em outras sinto que poderia ter sido mais. Só espero que James Gunn utilize a personagem e a atriz em produções futuras, podem ter certeza que vocês vão adorar essa nova versão.
Mas claro que o filme não vive somente de acertos. Tem que se destacar a falta de compromisso da história, que por mais que por um lado seja uma qualidade, por um outro ponto de vista pode se entender como covardia em se arriscar mais e trazer coisas novas para o gênero. “The Flash” é um clássico exemplo de como filmes de super-heróis vão ficar obsoletos com a medida que o tempo for passando, é preciso se reinventar dentro da própria fórmula. Outro ponto negativo é com certeza o CGI, que beira o absurdo um filme dessa proporção dar a sensação que estamos vendo apenas uma grande tela verde. Por mais que o uniforme de Barry seja esteticamente bonito, em prática, o CGI não funciona tanto e deixa em vários momentos estranho ou desencaixado.
Lotado de referências tanto dos quadrinhos quanto de todo universo que a DC está inserida, é válido dizer que “The Flash” é sim um bom filme, que vai te divertir do começo ao fim com boas piadas, fan services, referências e uma história bem executada. Mas, ajuste sua expectativa, não vá assistir esperando um ponto de mudanças nesse gênero, tenha em mente apenas que o maior objetivo do filme é fazer com que você se divirta, e ele vai conseguir. Esse é o penúltimo longa do universo atual criado por Zack Snyder, e o futuro do herói não sabemos, mas agora, é acompanhar o que James Gunn vai preparar para o homem mais rápido do mundo daqui em diante.
Escrito por: Pedro Godoy
Nota: 3.5 / 5
Estreia: 15/06
O ponto forte do filme é com certeza os companheiros de Flash ao longo da história, dando destaque principalmente para a volta de Keaton no papel do homem-morcego. Se passaram anos e anos desde que ele fez sua última aparição como Bruce Wayne, e aqui em “The Flash” pode se afirmar que ele envelheceu como vinho. Tudo nele funciona, sua atuação, diálogos, figurinos, fan-service, o olhar nostálgico e cheio de referências de Muschetti deu um tom marcante para que essa se tornasse um evento histórico. No entanto, temos que destacar a participação de Sasha Calle como Supergirl. Logo de cara quero afirmar que ela foi um grande acerto, dando um tom novo para a heroína e uma sensação de esperança ao olhar para o símbolo e ver quem o está representado, mas, sinto que ela não foi totalmente aproveitada como deveria, muitas vezes ela rouba a cena e em outras sinto que poderia ter sido mais. Só espero que James Gunn utilize a personagem e a atriz em produções futuras, podem ter certeza que vocês vão adorar essa nova versão.
Mas claro que o filme não vive somente de acertos. Tem que se destacar a falta de compromisso da história, que por mais que por um lado seja uma qualidade, por um outro ponto de vista pode se entender como covardia em se arriscar mais e trazer coisas novas para o gênero. “The Flash” é um clássico exemplo de como filmes de super-heróis vão ficar obsoletos com a medida que o tempo for passando, é preciso se reinventar dentro da própria fórmula. Outro ponto negativo é com certeza o CGI, que beira o absurdo um filme dessa proporção dar a sensação que estamos vendo apenas uma grande tela verde. Por mais que o uniforme de Barry seja esteticamente bonito, em prática, o CGI não funciona tanto e deixa em vários momentos estranho ou desencaixado.
Lotado de referências tanto dos quadrinhos quanto de todo universo que a DC está inserida, é válido dizer que “The Flash” é sim um bom filme, que vai te divertir do começo ao fim com boas piadas, fan services, referências e uma história bem executada. Mas, ajuste sua expectativa, não vá assistir esperando um ponto de mudanças nesse gênero, tenha em mente apenas que o maior objetivo do filme é fazer com que você se divirta, e ele vai conseguir. Esse é o penúltimo longa do universo atual criado por Zack Snyder, e o futuro do herói não sabemos, mas agora, é acompanhar o que James Gunn vai preparar para o homem mais rápido do mundo daqui em diante.
Escrito por: Pedro Godoy
Nota: 3.5 / 5
Estreia: 15/06